sábado, 10 de março de 2012

Pernaltagens

Perguntou-se ao vento quantos sóis se podia ver do lugar mais alto do mundo. Lá onde, talvez, nossa vista ainda não tenha alcançado. Onde nossa imaginação só supunha, onde os sonhos se alimentam de raios de energia. Então, o vento soprou nos ouvidos de quem lhe indagara. Soprou algum segredo. E nos olhos de quem ouviu se podia ver pelo menos um daqueles sóis procurados. E se diz que quem se deixa ventar pode ouvir o segredo. O vento leva até onde desaprendemos a chegar. Onde usamos outros tipos de olhos, talvez. E não esses meus, esses nossos olhos que parecem viciados no chão.

*"Se as portas da percepção estivessem limpas, tudo pareceria ao homem como realmente é, infinito." (William Blake)

Nenhum comentário: